Tempos finais
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Por Pb.Geovani F.dos Santos

Os últimos dias da Igreja na terra, antes do arrebatamento, seriam marcados por uma avalanche de modismos e desvios doutrinários sem precedentes em toda a história. O próprio Senhor Jesus Cristo advertiu de antemão aos seus apóstolos sobre tais mudanças que se dariam, bem como os exortou a permanecer firmes na verdade que receberam a fim de não serem envolvidos pelos ventos do erro e, tampouco, ludibriados por hábeis enganadores que surgiriam no cenário de apostasia dos tempos finais.

Decorridos 21 séculos de história eclesiástica, parece-nos óbvio que os vaticínios proferidos nas Sagradas Escrituras cumprem-se aceleradamente, e que, o quadro de apostasia desenhado no passado e descrito fielmente pela pena dos apóstolos de Jesus, na Bíblia, está se dando concomitantemente diante de nossos olhos com uma precisão tão perfeita como somente a mão divina poderia prever. Deus em sua presciência concedeu tais revelações a sua Igreja tendo em vista que a mesma se precavesse dos ataques do pai da mentira e permanecesse incólume aos golpes desferidos pelas trevas.


Desde os dias apostólicos até os nossos dias, a Igreja de Deus na terra percorreu um longo caminho de lutas e perseguições. Por vezes as trevas tentaram ofuscar o testemunho cristão e impedir o curso da luz aos corações famintos pela verdade. Nos momentos mais decisivos de sua história, no entanto, a Igreja nunca deixou de contar com a ajuda do alto, com a poderosa ação do Espírito Santo a lhe instilar a verdade no íntimo e a fé nas promessas daquele que nunca falhou, e jamais falhará.

Sob este ímpeto de inspiração e esperança na Verdade do Evangelho não poucos perderam suas vidas nas arenas romanas, nos jardins de Nero, nos instrumentos de tortura, nas fogueiras da Inquisição e nos terríveis calabouços da Idade Média. Acossados e humilhados pelos inimigos da cruz, permaneceram firmes até a morte, porque buscavam a pátria que há de vir. É a estes heróis, anônimos ou não, que o escritor de Hebreus dedica todo o capitulo11. Considero tal capítulo como um memorial à fé e a esperança de todos aqueles que vivendo no mundo, buscam com fervor a eterna morada dos justos – a Jerusalém Celestial – “a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11.10).

Nos dias que antecedem o rapto da noiva do Cordeiro, tais palavras são importantes para produzir em nós tremor e temor diante daquele que nos chamou para vivermos por Ele e por sua Palavra. Nestes dias de engano e afastamento da fé, a vida despojada dos padrões deste mundo e piedosa dos santos do Antigo Testamento deveria nos deixar corados de vergonha e, sobretudo, imprimir em nós o desejo de imitar-lhes as pisadas e o exemplo de fidelidade ao Senhor que morreu na cruz.

No entanto, percebe-se que quanto mais tempo passa, mais profana e abominável vai ficando a cristandade. A luz que outrora brilhou em tempos áureos parece estar fenecendo ante a influência do mundanismo e a ação de falsas doutrinas que se aninharam nos corações de muitos crentes. Diante de tais fatos, alguns até já mencionam a necessidade de uma nova reforma que conduza o povo de volta a Palavra de Deus e lhe imprima um novo animus espiritual – um retorno ao verdadeiro Evangélico bíblico.

Indubitavelmente, está entronizado em muitos púlpitos um outro evangelho. Um Evangelho sem cruz e sem sofrimento. Um evangelho de resultados temporais e de uma busca insana por valores efêmeros, um modelo de Cristianismo que se contrapõe à Doutrina de Cristo e aos ensinos apostólicos. Em suma, um evangelho fermentado e falsificado que nega a eficácia da Verdade exposada nas Sagradas Escrituras e envergonha o testemunho dos santos homens do passado.

Conta-se que um grande pintor fora convidado para pintar o desenho do apóstolo Paulo no frontispício de uma determinada igreja italiana. De propósito, o hábil artista deixou coradas de vermelho a face do apóstolo. Ao perceberem o rubor que se destacava na silhueta paulina, alguns religiosos que ali passavam, criticando a obra, perguntavam ao mestre de artes:

- Por que ele está com as faces tão rosadas? Ao que o pintor lhes respondeu:
- Ele cora de vergonha por ver todas as vossas iniqüidades.

Tal ilustração serve-nos como um exemplo que revela profundamente os verdadeiros sentimentos do Senhor em relação a sua Igreja na terra e para com aqueles que se dizem chamados pelo seu nome. Com certeza o Senhor sente ojeriza em contemplar tanta mentira no lugar da verdade, tanta impureza no lugar da santidade e tanta apostasia no lugar da sã doutrina. Esse é o evangelho que não glorifica ao Senhor, pelo contrário, provoca-lhe repugnância e tristeza.

Soli Deo gloria!

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