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"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus". 1 Cor. 10.31O versículo acima é uma exortação segura que lembra-nos de que todos os nossos atos devem ser voltados à glória de Deus. Isto é certo e bom.Mas, ler esse texto em seu contexto ajuda-nos a entender como o apóstolo Paulo chegou a tal conclusão.A questão que ele vinha tratando desde o capítulo 8, era sobre a indevida associação do cristão com a idolatria. Ele trata isso com muita seriedade, e alerta ao cristão, usando o exemplo das "coisas sacrificadas a ídolos" como uma forma inaceitável de associação do cristão com a idolatria. Paulo usa uma linguagem forte ao dizer que tais práticas significam "provocar o zelo do Senhor" e "associar-se a demônios". Estabelecer esse ponto era muito importante, dada a aparente presunção dos coríntios de que aquela comunhão intencional com o que havia de pior naquela cultura pagã era uma questão de somenos importância.Uma vez estabelecido este ponto, o apóstolo passa a demonstrar que a liberdade cristã da qual desfrutamos não pode dar margem para que cometamos abusos ou causemos, indiretamente, mal a nossos irmãos na fé.A questão da unidade no corpo de Cristo, na igreja, portanto, é uma das grandes preocupações do apóstolo Paulo nesta passagem. É esse ponto que analisaremos, buscando refletir como ele toca sensivelmente em questões que envolvem o nosso convívio com os cristãos hoje em dia – sobretudo diante da realidade multifacetada e polarizada do cristianismo de confissão evangélica de nossos dias.Nesta passagem de 1 Coríntios 10.31, Paulo está tratando a respeito de práticas (neste caso ele cita uma específica, mas há aplicação para outras) que conquanto em si e por si mesmas não sejam [aparentemente] pecaminosas, podem, de alguma maneira, causar escândalo ou tropeço para outrem. É interessante notar que em outro lugar Paulo lida com uma questão muito semelhante, em suas exortações em Romanos 14, particularmente os versos 22 e 23."A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provem de fé; e tudo o que não provem de fé, é pecado".No caso de Romanos 14.22,23, ele faz a mesma aplicação de 1 Cor. 10.31. Os versículos que lemos, são uma conclusão da exposição que Paulo faz a partir do capítulo 14 até ao capítulo 15.O exemplo que o apóstolo Paulo usa para frisar um valor maior e estabelecer um princípio no relacionamento entre os irmãos em Cristo, é sobre algo que estava presente em várias das igrejas às quais ele ministrava, sobretudo aquelas de maioria gentílica e que estavam mais expostas à cultura fortemente pagã daqueles tempos, como a igreja em Corinto, na Grécia, e a de Roma.No texto de Romanos, Paulo usa dois exemplos, que são justamente o da comida e da guarda dos dias (Rm. 14.1-5), para estabelecer qual deve ser a conduta do cristão diante de certas controvérsias, oriundas da diversidade que há entre eles:1) É bom frisar que a referência que Paulo faz em Romanos a respeito dos dias e da alimentação é diferente da que ele faz em Gálatas 4.10 e em Col. 2.16-23, pois, nestes casos, a referência a estes assuntos está ligada a utilização deles como uma adulteração da mensagem do evangelho. Quando princípios básicos do evangelho estão em jogo, a atitude de Paulo é sempre zelosa e severa.2) Neste caso, a referência a este problema dos dias e da alimentação, aparentemente, não era a respeito de algo que ferisse os pontos "cardeais" do evangelho, mas, estava ligada à força ou fraqueza relativas à fé no evangelho.É importante estabelecer esta distinção a fim de que entendamos bem qual a mensagem do apóstolo nesta situação. Em outras palavras, Paulo não estava preocupado, neste contexto, com a questão da alimentação ou dos dias em si, mas com a maneira como nos comportamos diante de situações em que nos deparamos com posições e pensamentos diferentes dos nossos, sobre assuntos que não fazem parte essencial do evangelho, mas que fazem parte da vida cristã.A exortação do apóstolo estabelece alguns princípios de grande valor, os quais devemos, como cristãos, observar:
Todos nós temos hábitos, invariavelmente. Nossa rotina é formada por uma sucessão de hábitos, e, nossos hábitos são constituídos pela repetição de certos atos, e, estes atos são determinados de acordo com a nossa vontade, e, a nossa vontade está submetida à nossa natureza.O problema reside no fato de que em nós há uma luta de nossa velha natureza - aquela que herdamos de Adão no nosso nascimento natural, e aquela da qual somos revestidos a partir do nosso novo nascimento em Cristo. Martinho Lutero, a este respeito, disse que somos: simul Justus et pecator. "Ao mesmo tempo justo e pecador".Temos de cuidar, portanto, para que nossos hábitos estejam agora vinculados à nossa nova natureza, a fim de que possamos cumprir a exortação de Paulo em 1 Cor. 10.31: fazer tudo para a glória de Deus, e Rm. 14.23, fazer todas as coisas pela fé.Esta não é uma tarefa fácil. Vemos isto no dilema vivido pelo apóstolo Paulo em Rm. 7.24 e 1 Cor. 9.27, onde vemos a dualidade entre a carne (sarx) – onde a o corpo (soma) físico é ilustrado como meio de expressão do pecado - e a ação do Espírito Santo em nossos corações (Rm. 9.28).Pensemos, pois, em nossos hábitos na forma de indagação, e respondamos com franqueza a nós mesmos:
Fonte: [ Editora Fiel ]
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http://bit.ly/abHzP3 - Temos de identificar, em nossas próprias vidas, se a nossa "comida" ou "seleção de dias", de alguma maneira, ofende a um irmão nosso que é fraco na fé (ou novo na fé):
Todos nós temos hábitos, invariavelmente. Nossa rotina é formada por uma sucessão de hábitos, e, nossos hábitos são constituídos pela repetição de certos atos, e, estes atos são determinados de acordo com a nossa vontade, e, a nossa vontade está submetida à nossa natureza.O problema reside no fato de que em nós há uma luta de nossa velha natureza - aquela que herdamos de Adão no nosso nascimento natural, e aquela da qual somos revestidos a partir do nosso novo nascimento em Cristo. Martinho Lutero, a este respeito, disse que somos: simul Justus et pecator. "Ao mesmo tempo justo e pecador".Temos de cuidar, portanto, para que nossos hábitos estejam agora vinculados à nossa nova natureza, a fim de que possamos cumprir a exortação de Paulo em 1 Cor. 10.31: fazer tudo para a glória de Deus, e Rm. 14.23, fazer todas as coisas pela fé.Esta não é uma tarefa fácil. Vemos isto no dilema vivido pelo apóstolo Paulo em Rm. 7.24 e 1 Cor. 9.27, onde vemos a dualidade entre a carne (sarx) – onde a o corpo (soma) físico é ilustrado como meio de expressão do pecado - e a ação do Espírito Santo em nossos corações (Rm. 9.28).Pensemos, pois, em nossos hábitos na forma de indagação, e respondamos com franqueza a nós mesmos:
- O que preenche nosso tempo e nosso pensamento
Fonte: [ Editora Fiel ]
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