De James Spurgeon sobre Charles Spurgeon

Seu irmão James o conheceu, talvez, melhor do que ninguém:

As dimensões da leitura de Charles quando tinha 15 anos eram simplesmente espantosas para alguém tão jovem, e ele era especialmente versado nas obras dos seus escritores preferidos – os teólogos Puritanos.

Charles nunca fez outra coisa, senão estudar. Eu lidava com coelhos, frangos, porcos e com um cavalo; ele vivia com os livros. Enquanto eu ficava ocupado aqui e ali, mexendo com toda e qualquer coisa que um rapaz conseguia tocar, ele vivia com os livros, e não conseguia parar de estudar.

Mas, apesar de ele não querer nada com outras coisas, era capaz de dizer tudo sobre elas, porque costumava ler a respeito de tudo, com uma memória tão tenaz como um torninho e tão copiosa como um celeiro abarrotado.

Uma experiência que seja temperada com um profundo e amargo sentimento de pecado é de grande valor para aquele que a tem. É terrível ao beber, mas é sumamente agradável nas entranhas, e em toda a vida daí por diante.

Possivelmente, muito da débil piedade da presente hora provém da facilidade com que os homens alcançam paz e alegria nestes dias evangelísticos. Não queremos julgar os convertidos modernos, mas certamente preferimos aquela forma de exercício espiritual que conduz a alma pelo caminho da Cruz do Pranto, e que faz com que ela enxergue a sua nódoa trevosa antes de garantir-lhe que ela "está alva como a neve".

É grande demais o número dos que pensam levianamente sobre o pecado e, por conseguinte, pensam levianamente sobre o Salvador. O homem que se colocou diante do seu Deus, convicto dos seus pecados e sentindo-se condenado, com a corda no pescoço, esse é o homem que está pronto a chorar de alegria quando perdoado, a odiar o mal que lhe foi perdoado e a viver para a honra do Redentor, por cujo sangue ele foi purificado.

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